Loading...

Cadeia produtiva sustentável vence o Concurso Biota Empreeendedorismo

Alternativas para o uso sustentável da biodiversidade foi o foco do Projeto da BiO’LExtracta, da UNESP Araquara.

Restauração florestal de áreas privadas associadas à extração de bioprodutos vegetais e método de extração inovador. Esta foi a receita da empresa em formação BiO’LExtrata, do grupo vencedor do primeiro concurso Biota Empreendedorismo. A equipe do projeto foi formada por alunos de mestrado e doutorado da UNESP (Araraquara).

biota equipeA proposta do grupo parte da oportunidade que se abre a partir do compromisso do Brasil de restaurar 15 milhões de hectares. Por que não usar espécies de interesse econômico para a indústria de biotecnologia?  Neste mote, o projeto propôs utilizar espécies vegetais nativas com potencial biológico e econômico como opção para o reflorestamento em áreas de Reserva Legal (RL) e em Áreas de Proteção Permanente (APP), previstas no novo Código Florestal, de modo a estimular uma cadeia produtiva sustentável de insumos vegetais.

Para agregar um diferencial competitivo ao projeto, as autoras buscaram um método simples, barato, eficaz e inovador para a extração dos insumos vegetais chamado Extração On-line (OLE, em inglês que também inspirou o nome da empresa). Este método obtém os extratos das plantas sem a necessidade do uso do solvente, o que o torna ambientalmente mais adequado e incrivelmente mais barato. A estimativa é que este custo gire em torno de 20% do valor atualmente praticado.

Com isso, a produção de tinturas, extratos brutos, frações enriquecidas e substâncias puras pela BiO’LExtracta poderá ser mais atraente ao mercado da indústrias de fármacos, fitomedicamentos, cosmética, alimentícia, além de preservar a biodiversidade e seus serviços ecossistêmicos.

A ideia é estabelecer uma cadeia de produção que envolva: viveiros que forneçam de plantas nativas de interesse para o reflorestamento de APPs e RLs, produtores rurais que conservem as áreas, extração sustentável dos insumos vegetais pela BiO’LExtracta, e então, disponibilizar no mercado para a indústria.

A proposta vem com uma alternativa para aqueles proprietários rurais que consideram que a preservação da floresta em suas propriedades pode representar prejuízo. Neste sentido, o grupo pesquisou quais plantas seriam recomendadas para reflorestamento no estado de São Paulo e descobriram que muitas delas já têm demanda de mercado, além de ações farmacológicas comprovadas.

A empresa pretende iniciar suas operações até 2017, para isso conta com a linha de financiamento da Fapesp para pequenas empresas de base tecnológica, o PIPE (Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas da Fapesp).

O projeto da equipe vencedora, foi formado pela Dra. Lilian Cherubin Correia, Dr. Alene Cortes de Queiroz e Silva e Ms. Naira Buzzo Anhesine, formadas pelo Programa de pós-graduação em Química Orgânica da Unesp. Contribuíram também Gabriel Mazzi Leme e Paula Carolina Pires Bueno, ambos pós-doutorandos na mesma instituição. O supervisor do projeto foi o Dr. Alberto José Cavalheiro, do NUBBE (Núcleo de Bioensaios, Biossíntese e Ecofisiologia de Produtos Naturais, Instituto de Química/UNESP – Araraquara) e o mentor, Dr. Hilton Oliveira dos Santos Filho, do Ethos Serviços Médicos Ltda.

Mais informações acesse o link:  http://www.biota.org.br/cadeia-produtiva/