Começa no próximo domingo em Busan, na Coreia do Sul, o 45º Congresso Mundial de Química, a IUPAC 2015. O evento reúne cerca de 3 mil pesquisadores, professores e estudantes e terá a presença de quatro prêmios Nobel. Uma comitiva da SBQ estará na Coreia para participar tanto da parte científica quanto da institucional, pois a próxima edição do evento será realizada no Brasil, em 2017.
“Trata-se de uma viagem estratégica importantíssima”, conta Adriano D. Andricopulo, presidente da SBQ e presidente da IUPAC 2017. “Teremos uma agenda extensa, com diversas reuniões com a diretoria da IUPAC e com outras sociedades científicas de química, pois assim que terminar este evento, em 14 de agosto, o Brasil será o centro mundial da Química. Estamos articulando uma ampla agenda de eventos preparatórios para a IUPAC 2017, uma ação fundamental que conta com a coordenação do professor Jailson Bittencourt de Andrade, ex-presidente da SBQ.
A IUPAC, União Internacional para a Química Pura e Aplicada é uma instituição científica global, criada em 1919 por químicos acadêmicos e industriais. É reconhecida como autoridade em nomenclatura, terminologia, padronização de métodos de pesos e medidas, peso atômico e outros dados químicos. A SBQ é afiliada à IUPAC e tem a vice-coordenadora do CIBFar, Vanderlan Bolzani (IQ-UNESP) como sua representante junto ao órgão internacional.
Em Busan, Andricopulo apresentará em dois momentos o congresso IUPAC 2017 – que será realizado em São Paulo, de 9 a 14 de julho: na assembleia geral da IUPAC, no dia 13, que reúne os representantes de todos os países afiliados à IUPAC; e no encerramento do Congresso, quando oficialmente o Brasil assume as rédeas do maior evento da comunidade química mundial. “Será um momento histórico para a SBQ e para a química brasileira”, concluiu Andricopulo.
Vanderlan Bolzani, professora da Unesp e conselheira da SBQ, participa da programação científica da IUPAC 2015 com uma conferência no módulo “Síntese de Produtos Naturais”. Vanderlan apresentará a base de dados de 640 substâncias isoladas de espécies vegetais da Mata Atlântica e do Cerrado, realizada pelos pesquisadores do núcleo de pesquisa NuBBE, e abordará a importância da informação sobre a química de produtos naturais para identificar substâncias bioativas e planejar o estudo racional envolvendo modelagem molecular, química medicinal e síntese orgânica. “Este banco de dados, resultado de 15 anos de pesquisa no Biota-FAPESP reúne dados botânicos, farmacológicos e químicos de metabólitos secundários dessas espécies que vêm sendo investigadas nos últimos anos, e pode ser a semente de uma grande base de dados da biodiversidade brasileira. No exterior, essa base de dados têm tido grande repercussão o que nos incentiva a uma ação ainda maior e ousada, uma base de dados nacional”, declarou Vanderlan.
Adaptado de Mario Henrique Viana (Assessor de imprensa da SBQ).