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Coordenador de inovação do CIBFar fala sobre química e doenças tropicais negligenciadas na reunião anual da SBPC

Realiza-se esta semana em São Carlos-SP a 67ª. Reunião da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, a SBPC. O encontro, que congrega cientistas e estudantes de diversas áreas da Ciência, teve participação robusta da SBQ, que tem três ex-presidentes na diretoria e conselho da SBPC. Vanderlan Bolzani, professora do IQ-Unesp, de Araraquara, foi eleita vice-presidente da entidade e toma posse com a nova diretoria nesta quinta-feira, 16 de julho.
s ministros da Educação, Renato Janine, e da Ciência, Tecnologia e Inovação, Aldo Rebelo, participaram do evento. “Teve grande repercussão a presença dos ministros, que afirmaram seu compromisso com a Educação e o desenvolvimento da Ciência no Brasil”, contou Adriano D. Andricopulo, presidente da SBQ. “A SBQ, junto com as demais sociedades científicas, reconhece o empenho do governo em fazer o melhor nessa área, mas estamos atentos neste momento delicado da nossa economia e continuamos firmes e engajados em nosso compromisso com a Educação e a Ciência no país”, afirmou. Segundo o presidente da SBQ, um dos indicadores positivos da fala de Aldo Rebelo foi a garantia dada pelo ministro de que Ciência, Tecnologia e Inovação terão prioridade na segunda fatia dos royalties do pré-sal. “É importante acompanharmos as ações do Governo Federal que garantam a efetivação deste compromisso”, completou.
A presidente reeleita da SBPC, Helena Nader, disse em seu discurso de abertura que a produção científica brasileira vem crescendo em número e qualidade. Mas a irregularidade de recursos e a descontinuidade das políticas públicas poderá levar, em pouco tempo, à sua estagnação e atingirá, sobretudo, os jovens pesquisadores ainda em fase de afirmação. “Reconhecemos o esforço que o MCTI vem empreendendo na busca de novas fontes de financiamento, inclusive no exterior. Porém, reiteramos a urgência de retirar o financiamento do programa Ciência sem Fronteiras do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, o FNDCT, que não foi desenhado para esse propósito. Em relação aos recursos provenientes da exploração do petróleo e do pré-sal, continuamos a reiterar que 50% do fundo social sejam destinados à ciência e tecnologia”, disse, a uma plateia estimada em 1,2 mil pessoas.
Andricopulo proferiu uma conferência sobre doenças tropicais negligenciadas – tema de pesquisa que realiza no Laboratório de Química Medicinal e Computacional da USP-São Carlos, que foi motivo de elogios do ministro Aldo Rebelo, como um dos exemplos da boa pesquisa científica feita no País. E também participou de vários encontros com gestores de Educação e Ciência e autoridades (ver link abaixo).

“Foram dias muito proveitosos, tanto na parte científica quanto na parte institucional”, declarou Andricopulo. “Como decorrência das conversas durante a RA, teremos uma reunião marcada para a próxima semana em Brasília no MCTI para falarmos de “bioindústria'”, observou.

O presidente da SBQ também coordenou uma mesa-redonda sobre o Congresso da IUPAC 2017, que será realizado em São Paulo, de 9 a 14 de julho. A sessão teve a participação dos professores Fernando Galembeck (ex-presidente e membro do conselho consultivo da SBQ), Jaílson Bittencourt de Andrade (representando o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, onde é Secretário de Políticas e Programas de Pesquisa e Desenvolvimento) e de Fernando Figueiredo, presidente da Associação Brasileira da Indústria Química, Abiquim.

Dentro da programação do evento houve uma sessão de homenagens aos 30 anos do MCTI. “É um órgão que mudou a cara da ciência e tecnologia verde amarela, devido a institucionalização de um sistema de pesquisa básica, aplicada e inovação, praticamente inexistente na metade do século 20, quando foram instituídos o CNPq e a CAPES. Nestes poucos anos em se tratando dos esforços feitos para consolidar a ciência e tecnologia, o Brasil progrediu sobremaneira, sendo hoje destacado em vários setores responsáveis pelo avanço tecnológico nacional,” escreveu a professora Vanderlan Bolzani, em artigo para o Jornal da Ciência.

Texto: Mario Henrique Viana (Assessoria de Imprensa da SBQ)